A índia ficou desesperada, chorava todas as noites de saudade de sua filhinha. Em uma noite de lua cheia, ela ouviu o choro de uma criança, saiu de sua oca para ver de que se tratava e viu, ao pé de uma esbelta palmeira, a sua filha que a esperava erguendo os bracinhos. Radiante de alegria, IAÇA correu para abraçá-la, mas quando abraçou fortemente a criança misteriosamente desapareceu. A índia foi encontrada no dia seguinte morta, abraçada ao tronco da palmeira. No rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira que estava carregada de frutinhos escuros. O cacique mandou que apanhassem os frutos e os amassassem para deles extrair-lhes o suco. Assim foi feito, os índios amassando as frutinhas obtiveram o vinho violáceo do Açaí.
O cacique a partir daí suspendeu a limitação de seu povo, não existente mais sacrifícios das crianças, elas poderiam continuar a nascer livremente, pois não faltaria mais alimentos para cria-las fortes e saudáveis. E agradecendo a Tupã o cacique deu o nome de AÇAÍ aos frutinhos encontrados, que seria justamente o nome de IAÇA invertido.
Fonte: Lendas Amazônicas – Elaborado pela Historiadora Ângela Maria Minharro. Sedido pela Secretaria de Educação de Inhangapi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário